"Os analfabetos no século XXI não serão os que não souberem ler ou escrever, mas os que não souberem aprender, desaprender e reaprender."

Alvin Toffler

Música de qualidade.

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Música: Cidadão de Papelão

O Teatro Mágico é um belo grupo que vem mostrando textos inteligentes e de excelentes reflexões. A criticidade por trás das imagens nos mostra um ar de inocência entre os desenhos aliado a um rico jogo de metáforas sobre como a sociedade lida e promove a indiferença cruel e massacrante dos tempos atuais. É um vídeo maravilhoso e interessantíssimo. Música e imagens, num emaranhado perfeito de abordagens conceituais de nossa sociedade composta, muitas vezes, por pessoas"vazias" iguais a caixas,e de tantas outras que são manipuladas, ignoradas e marginalizadas.




O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção

À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura

Um cara, um papo, um sopapo, um papelão

Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura

O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai

À margem de toda candura
À margem de toda candura

Homem de pedra, de pó, de pé no chão

Não habita, se habitua
Não habita, se habitua

 
 (Fernando Anitelli/Maíra Viana)

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